Em um cenário empresarial cada vez mais competitivo, a gestão eficiente dos ativos torna-se um diferencial estratégico. As organizações que adotam práticas robustas conseguem não apenas otimizar custos, mas também promover a maximização do valor para o acionista de forma sustentável e mensurável.
Este artigo explora conceitos, processos e metas fundamentais para construir um programa de gestão de ativos que gere resultados concretos e duradouros.
A gestão de ativos engloba o conjunto de práticas coordenadas para garantir o melhor desempenho dos bens ao longo de seu ciclo de vida. Trata-se de uma abordagem multifacetada, que considera desde a aquisição até o descarte, sempre com foco em decisões fundamentadas em dados.
Normas como a ISO 55000 oferecem diretrizes globais, permitindo que empresas de diferentes setores apliquem processos padronizados e recuperem investimentos de forma consistente.
O ciclo de vida de um ativo inicia antes mesmo da compra, com a avaliação da necessidade e do potencial de retorno. Em seguida, passam pelas fases de aquisição, operação, manutenção e, por fim, descarte ou substituição.
Esse acompanhamento contínuo garante máxima eficiência operacional sustentável e reduz riscos de falhas inesperadas, resultando em economia tanto de tempo quanto de recursos financeiros.
O principal objetivo da gestão de ativos é maximizar o valor entregue pelo ativo ao acionista, equilibrando custos, riscos e benefícios. Isso envolve:
Empresas que executam esses passos com disciplina alcançam maior lucratividade e fortalecem sua posição no mercado.
Uma gestão de ativos eficaz oferece resultados tangíveis:
Dados de consultorias de renome indicam até 30% de redução em custos de manutenção e crescimento de até 20% na disponibilidade de ativos críticos quando se atinge alta maturidade.
A implementação consistente de processos de gestão de ativos reflete diretamente em indicadores financeiros:
Elevação do lucro operacional (EBIT) e do EBITDA, diminuição da depreciação acelerada e controle rigoroso sobre CAPEX e OPEX são alguns exemplos de impactos positivos.
Estudos de mercado demonstram que empresas maduras nesse campo conseguem incrementar seu valor de mercado em até 15% ao melhorar a eficiência de seus ativos.
O monitoramento de KPIs é fundamental para avaliar o desempenho dos ativos. Abaixo, uma tabela com indicadores essenciais:
Além dos indicadores, investir em sistemas de gestão de ativos especializados e treinar equipes são passos cruciais para garantir automação, rastreabilidade e melhoria contínua.
A jornada rumo à excelência na gestão de ativos ainda enfrenta barreiras como altos investimentos iniciais, resistência cultural e dificuldade de integração entre áreas. No entanto, a aplicação de metodologias ágeis e o apoio da liderança são elementos decisivos para superar esses obstáculos.
O uso de tecnologias emergentes, como IoT e inteligência artificial, facilita o monitoramento em tempo real e a manutenção preditiva, aumentando a confiabilidade e prolongando a vida útil dos ativos.
O alinhamento com práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) é cada vez mais valorizado pelos investidores. A gestão de ativos desempenha papel central na redução de desperdícios, na segurança do trabalhador e na transparência corporativa, elementos que impactam positivamente a reputação e a sustentabilidade financeira.
Organizações que adotam esses princípios conquistam vantagem competitiva de longo prazo e atraem capital de investidores preocupados com impacto socioambiental.
Concluir a construção de um programa de gestão de ativos abrangente exige compromisso, recursos e visão estratégica. Porém, os resultados em termos de eficiência, sustentabilidade e valorização para o acionista tornam esse investimento imensurávelmente compensador.
Referências