No cenário atual, o Brasil se consolida como referência global em inovação financeira, combinando soluções tradicionais e instantâneas para oferecer praticidade e segurança.
Nos últimos anos, o país passou por uma digitalização acelerada dos meios de pagamento, alcançando níveis elevados de inclusão financeira. Hoje, 89% da população possui relacionamento bancário, e cerca de 160 milhões de adultos utilizam ativamente o Pix, representando quase 100% da população adulta.
Com a expectativa de 2025, especialistas apontam para o amadurecimento e integração de soluções já existentes, priorizando sempre usabilidade, rapidez e segurança. Os pagamentos digitais — de carteiras móveis a Pix e cartões por aproximação — já respondem por mais de 90% do consumo privado nacional, evidenciando mudança definitiva nos hábitos de compra.
O avanço do pagamento por aproximação surpreendeu o mercado: no primeiro trimestre de 2025, essa modalidade respondeu por cerca de 70% das transações presenciais com cartão. Em termos de volume, foram movimentados R$ 423,1 bilhões em apenas três meses, totalizando 6,5 bilhões de operações — o que equivale a aproximadamente 3 milhões de pagamentos por hora.
Em 2022, os pagamentos por aproximação representavam apenas 29,5% das transações presenciais. Em 2025, o salto para 70% aponta para um crescimento de mais de 100% em três anos. Entre 2024 e 2025, o aumento foi de cerca de 40%, com destaque para as grandes capitais — São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte — como principais polos de adoção.
Outro indicador relevante é o ticket médio: as compras por aproximação subiram 6% em março de 2025 em comparação com o mesmo mês do ano anterior, refletindo maior confiança e uso em valores mais altos.
Além do comércio, a tecnologia NFC se integra à mobilidade urbana: ônibus, metrôs, trens, pedágios e estacionamentos já aceitam pagamento sem contato. A Mastercard, por exemplo, está presente em 24 sistemas de transporte em 20 cidades brasileiras, impulsionando o uso cada vez mais frequente.
Essa variedade de formatos permite ao consumidor escolher a forma mais conveniente de pagamento, sem abrir mão de rapidez e segurança.
O Pix mantém sua liderança em volume bruto, com 63,8 bilhões de transações em 2024 e crescimento de 52% sobre 2023. Apesar disso, os cartões — crédito, débito e pré-pagos — seguem relevantes, com projeção de R$ 4 trilhões em movimentação em 2025, crescendo entre 8,5% e 10,5% ao ano.
Enquanto o Pix oferece transferências instantâneas e gratuitas, os cartões se destacam nos programas de benefícios, pontos de fidelidade e políticas de chargeback e estorno de transações. O pagamento por aproximação, por sua vez, amplia a competição no ponto de venda e complementa o ecossistema de pagamentos instantâneos.
O varejo também se beneficia com menor tempo de transação e maior rotatividade de clientes, impactando positivamente o faturamento.
Apesar do forte crescimento nas grandes cidades, ainda há vasto potencial de expansão em regiões menos urbanizadas e em pequenos estabelecimentos. Outro desafio é a interoperabilidade entre diferentes sistemas de pagamento — cartões, Pix, QR Code e carteiras digitais exigem integração e padronização.
As bandeiras e bancos emissores precisam destacar benefícios exclusivos dos cartões frente às soluções instantâneas e gratuitas. A competitividade tende a crescer, especialmente no transporte público e serviços diários, onde a praticidade e segurança da aproximação são diferenciais claros.
O mercado brasileiro de pagamentos digitais se consolida como modelo global. O Pix e os cartões por aproximação lideram, mas o futuro aponta para integração e diversidade de métodos, sem substituir completamente o dinheiro ou o cartão físico.
Modelos tokenizados seguirão evoluindo, oferecendo flexibilidade e proteção de dados. O e-commerce e o ingresso de novos portadores devem impulsionar ainda mais o uso de cartões, enquanto carteiras digitais ganham funcionalidades avançadas.
Empresas do setor devem investir em soluções multicanais e experiências sem atrito, respondendo às expectativas de consumidores que exigem transações rápidas, seguras e convenientes.
Em suma, o Brasil avança em um ritmo acelerado rumo a um ecossistema de pagamentos cada vez mais integrado e eficiente. A combinação de tecnologias contactless, Pix e carteiras digitais transforma a experiência de compra e fortalece a economia nacional, projetando um futuro de inovação contínua e inclusão para todos.
Referências
